O índice de inflação – IPCA fechou fevereiro em 1,31%, o maior patamar para o mês em 22 anos. A alta expressiva foi impulsionada, principalmente, pelos grupos de educação, habitação e alimentação e bebidas. Esse resultado impacta a meta de referência dos planos administrados pela Prevcom (IPCA + 4,5% ), que atingiu 1,66%.
O retorno mensal da carteira consolidada da fundação foi de 0,78%. No mesmo período a poupança rendeu 0,63% e o DI atingiu 0,99%.
O patrimônio total dos investimentos somou R$ 3,99 bilhões, mantendo um perfil predominantemente conservador, com maior alocação em ativos de renda fixa, em linha com as diretrizes da Política de Investimentos.
Desempenho das carteiras
No segmento de renda fixa, os retornos permaneceram elevados, sustentados pelo patamar historicamente alto da taxa Selic. A carteira de Crédito Privado da Prevcom apresentou desempenho levemente superior ao CDI, com alta de 1,04% no mês versus CDI no período de 0,99%. Em linha com a tendência observada em janeiro, fevereiro foi marcado pelo fechamento dos spreads de crédito, o que favoreceu o desempenho dos fundos da indústria. Vale destacar que, com o fechamento da curva de juros no Brasil, ativos locais (especialmente de renda fixa) tornaram-se mais atrativos temporariamente, levando a um aumento na entrada de dólares no país. Da mesma forma, os fundos atrelados à inflação, representados pelos índices IMA-B 5 e Bela Cintra, registraram valorização de 1,00%, acompanhando a elevação dos indicadores.
Já no mercado de renda variável, o Ibovespa devolveu parte da expressiva valorização observada em janeiro (+4,86%) e encerrou o mês de fevereiro com queda de -2,64%. De maneira semelhante, o índice de Small Caps (SMLL) registrou queda de -3,87%. A carteira de Renda Variável da Prevcom acompanhou essa tendência, porém, com uma desvalorização um pouco menor, de -2,51% no mês. Esse movimento reflete, principalmente,o aumento na aversão ao risco em âmbito global diante de sinais de desaceleração nos EUA e astensões geopolíticas e incertezas no cenário fiscal brasileiro com o governo ainda buscando soluções para reduzir o déficit público.
Na contramão da renda variável, os fundos imobiliários, também negociados em bolsa apresentaram resultados positivos expressivos e altos pagamentos de dividendos. A média dos FIIs que compõem as carteiras da Prevcom foi de +3,31% no mês. Ao longo de 2025, o setor sofreu com a deterioração do cenário macroeconômico, impactando significativamente os preços das cotas. O mercado identificou que os FIIs estavam sendo negociados a níveis historicamente baixos o que gerou um movimento de recuperação, impulsionando a percepção de que poderia ser um ponto interessante de entrada.
A carteira de Fundos de Investimento no Exterior também apresentou desempenho negativo em fevereiro, com queda de -1,75%. A expressiva desvalorização do dólar frente ao real, aliada à incerteza quanto à magnitude das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos contribuiu para o resultado negativo desses ativos.
Diante desse cenário, seguimos com foco em investimentos em renda fixa, atentos às movimentações do mercado e oportunidades que possam surgir.
